Contos de Natal

A gruta mágica




Era uma manhã chuvosa. Eu e a Marta encontrávamo-nos numa pequena e aconchegante casinha do campo. Repentinamente, o clima mudou. Com hesitação, saímos de casa. Tudo parecia normal, exceto uma grande e assustadora gruta no meio do nada. Marta, sempre muito aventureira, perguntou:
— E que tal se formos ver como foi ali parar?
— Nãooo, claro que não!- exclamei medrosamente.
— Não tenhas medo! É só irmos dar uma pequena vista de olhos e voltamos para casa!!!!!
 — Ok- exclamei, hesitante.
Dirigimo-nos rapidamente para a gruta.
Assim que chegámos foi complicado para entrar, pois a pedra que bloqueava a entrada era gigante. Com bastante esforço a Marta moveu-a rapidamente. No início, a gruta era escura, mas lá bem ao fundo vimos luzes a piscarem. Fomos ver o que se passava.
Estávamos cada vez mais próximas, quando de repente… Buuum, ouvimos uma explosão. Sem mais nem menos, vimos um duende a correr, aflito. Até esfregámos os olhos para saber se estávamos a sonhar, e não estávamos!
Marta, como via sempre o lado bom dos acontecimentos, começou de imediato a falar com o duende:
— Olá! Como te chamas?
— Eu…eu…eu…sou a Ritinha.- gaguejou aflita.
— O que tens? -indagou Marta.
— Houve um grande problema. O saco do Pai Natal estava tão cheio que… Bem, rebentou! E agora, já não vai haver Natal.- respondeu tristemente.
— Tem calma, tudo se vai resolver!- disseram todos.
Ritinha fez-nos uma breve visita guiada à fábrica de brinquedos. Era um terrível desastre, os presentes espalhados por todo o lado e os duendes a correrem de um lado para o outro sem pararem.



Foi então que nos pusemos a pensar. Eu, como era a mais preocupada, encontrei uma solução rapidamente. Sem mais demoras, eu e Marta fizemos um saco com restos de tecidos velhos, onde pudemos colocar várias prendas. E assim foi! O Pai Natal tão agradecido pôs-nos na lista dos mais bem comportados. Convidou-nos também para distribuirmos os presentes por todo o mundo e nós aceitámos.

Luana Silva, 6.º A

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