Contos de Natal

A GRANDE DESCOBERTA  

Passava mais de dois séculos, quando no mesmo local onde se passou a grande história “Ali Baba e os quarenta ladrões” se descobriu a enorme fábrica do Pai Natal, na caverna onde Ali encontrou seu irmão morto. Era um local isolado e já não tinha a mesma alegria… opinião dos moradores da terra vizinha. Preparei a minha grande mochila para um mês e meio fora de casa e pus-me a caminho.
Quando lá cheguei, sentia-me só. Decidi, então, entrar na tal caverna e tentei “ABRACADABRA” e nada, “PIMPAMPAMPUM” e de novo nada. De repente, lembrei-me “ABRE-TE SÉSAMO”.


– Entrei com imenso receio. Observei alguns enfeites de Natal, aliás, muitos enfeites de Natal. Descobri uma árvore iluminada por uma estrela. A árvore cintilava como pirilampos que acendiam e apagavam. Era um pinheiro grande, bonito, verde e que brilhava. Ao lado, reparei numa bela porta dourada, ricamente adornada e estranha. Questionei:
– Entro… Não entro…
Sentia-se um ambiente calmo, cheirava a rosas e a margaridas. Havia um som relaxante, que mais parecia um eco vindo de um rádio. Era o pinheiro de Natal baloiçando. No ar um espírito Natalício voava. Entrei e deparei com um guarda, mas ele era tão pequenino! Interroguei-o:


 – Quem és tu, pequenote? És tão pequenino e fofinho.

Agachei-me para conversar com ele:
– Eu sou um duende, sabes? Os duendes da fábrica do Pai Natal!- afirmou com um ar engraçado.
– Ah! Olha, deixas-me entrar aí para dentro?
 – Não, aqui ninguém entra… - informou ele com um ar muito zangado.
– Por favor, estou sozinha- implorei….
Quando observei a GRANDE FÁBRICA DE BRINQUEDOS DO PAI NATAL, fiquei em estado de choque e implorei a um duende:
 – Por favor, deixa-me visitar o Pai Natal………

– Anda, eu levo-te… – sugeriu-me.
O Pai Natal estava ali, sentado num grande trono. Parecia o rei a comandar no seu grande reino, ou o primeiro-ministro a comandar o seu povo, ou o general a comandar as suas tropas. Fui falar com ele:
– Olá, querido Pai Natal. Chamo-me Mariana.- referi apressadamente para o conhecer.
– Olá, querida! Senta-te aqui ao meu colo. Conta-me lá por que razão me vieste visitar…- afirmou o Pai Natal  espantado por ter uma visita.                                                            
– Queria conhecer-te. – respondi.
– Então, e o que queres para o Natal?- interrogou-me ele.
– Gostava de receber um telemóvel novo. Mas os meus pais não concordam…- comentei tristemente.
– Oh… Mais do que isso é importante ter paz, amor, carinho, lar, casa, amigos...         

          Francisca Cruz, 6.ºB n.º2

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