Contos de Natal

Magia de Natal


Estava uma bela véspera de Natal. Não parava de nevar. Quando cheguei a casa, todos estávamos entusiasmados pelo Natal, desde os meus avós até à minha irmã mais nova que não parava de falar nos presentes, há mais de duas semanas.
– Estou ansiosa pelo Natal – afirmou ela – A ceia, o convívio, a árvore de Natal, as prendas, vai ser espetacular!
Depois desta fala tive um sobressalto, porque este ano cabia-me a mim trazer e enfeitar a árvore de Natal, os presentes e fazer a ceia! Subitamente, a minha mãe perguntou-me:
– Então, filho, onde estão a árvore, os presentes e a ceia de Natal?
– Estão num local secreto. – referi eu sem pensar.
– E posso saber onde fica? – retorquiu ela.
– Não – apressei-me eu a responder.
– E porquê?
– Porque se te dissesse deixava de ser secreto.
– Bem…lá nisso tens razão – concordou ela.
Entretanto, estava a pensar como iria resolver aquele problema de Natal. Não parava de pronunciar as minhas palavras da sorte “Abre-te, Sésamo! Abre-te, Sésamo”. Como nada me veio à cabeça, gritei as palavras mesmo quando estava a passar em frente de uma caverna com ar suspeito.
– Abre-te, Sésamo! – gritei eu já muito irritado.


Repentinamente, uma porta abriu-se. Corri para me esconder atrás de uma árvore, tremendo muito assustado. Aos solavancos, entrei na gruta. Qual não foi o meu espanto ao encontrar ouro, diamantes, pérolas… e pensei: “ isto já chega para comprar a comida para a ceia”. E, ainda, surpresa das surpresas, descobri enfeites de Natal. E, mais ao fundo, erguia-se uma porta dourada. Pensei, hesitante: “Entro? Ou não entro?”
Depois de me decidir a entrar, dirigi-me à porta. Observei-a bem e reparei que não havia uma maçaneta.
– Ora bolas…E agora como é que eu a vou abrir?
Ao lado da porta avistava-se um candeeiro. Apoiei-me nele, de repente, ele baixou e eu exclamei:
– Oh não! Parti o candeeiro!
Mas estava enganado. Aquela era a chave para a porta se abrir. Mal ela se abriu, entrei cautelosamente e vi uma montanha de milhares de presentes! Calculei que aquilo dava para toda a minha família. Ainda do outro lado da sala se avistava outra porta, mas desta vez prateada. Vi também o mesmo candeeiro erguido ao lado da porta. Ao puxá-lo, a porta abriu-se e eu surpreendi-me ao ver um enorme pinheiro de Natal, a única coisa que ainda me faltava. A determinada altura, cheguei a pensar que a gruta tinha sido feita para mim.
Quando cheguei a casa, a minha família teve o melhor Natal de sempre, graças àquela espantosa gruta.

Jóni Pereira, 6.ºA

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