A misteriosa porta dourada
Num dia tão frio e tão ventoso, no Polo Norte tudo estava branquinho: as florestas, as casas, os carros e uma gruta.
— O quê? Uma gruta aqui no Polo Norte? – murmurei eu espantada.
Fiquei mesmo muito admirada, aproximei-me dela. Na sua porta destacavam-se duas palavras, que eu repeti:
— Abre-te, Sésamo!
Num piscar de olhos, a porta abriu-se e parecia que eu tinha ficado cega com tanta luz e tanto brilho.
Pensei:
— Entro? Não entro? Vou-me embora? Não vou?
Fiquei assim a interrogar-me durante instantes e decidi entrar. Lá dentro reluziam diamantes, ouro, pérolas, enfeites de Natal, mas havia ali uma porta dourada que me chamava a atenção… De dentro, entreouvi uns sons, mais ou menos assim:
— Ohohoh!
Tão curiosa, entrei. Logo à primeira vista, vi um homem baixo, gordo, com barba longa e branca que parecia mesmo o Pai Natal. Perguntei-lhe:
— Quem é o senhor?
— Ohohoh! Eu sou o Pai Natal.
O homem, já velhinho, apresentou-me a sua gruta. Por todo o lado, espalhavam-se milhares de brinquedos, todos produzidos pelos duendes, os seus assistentes.
A minha cabeça continuava a pensar de quem seria aquele tesouro…
— Olhe, pode-me explicar porque é que do outro lado da gruta havia tanto dinheiro, diamantes…
— Claro que posso! Foram as riquezas que eu consegui juntar para, no Natal, ajudar e distribuir pelas famílias pobres que vivem como animais ou ainda pior.
— Como consegue ser tão generoso? Dar aos outros e ficar com tão pouco para si?
— É esse o espírito do Natal, partilhar, ajudar, estar em família…
Saí daquela gruta e dirigi-me para casa. Assim entendi melhor o significado do Natal.
Ângela Cruz, 6.ºC
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