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Jorge Amado, literatura transatlântica
Jorge Amado de Faria nasceu no dia 10 de agosto de 1912 na fazenda Auricídia, em Ferradas na Bahia. Faleceu em 2001.
Ainda bebé, desloca-se com a família para Ilhéus, na sequência de uma epidemia de varíola. Passa a sua infância em Ilhéus e esta localidade surge referenciada em vários dos seus romances.
Frequentou a Faculdade Nacional de Direito no Rio de Janeiro, onde se licenciou em Direito. Foi aqui que se envolveu na atividade política, em discussões no âmbito de conceções artísticas e contactou com a ideologia e o movimento comunista. Em 1945 foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro, tendo tido um papel de grande relevância na defesa da liberdade religiosa e dos direitos de autor. As preocupações sociais e a defesa dos mais desfavorecidos fazem parte do seu percurso pessoal e de criador literário. Dedicou-se ao jornalismo e à produção literária.
Foi perseguido politicamente e vários romances seus foram considerados subversivos. Conheceu o exílio, tendo vivido na Argentina, Uruguai, Paris e Praga, durante o regime getulista.
É autor de uma vasta obra, tendo alguns títulos tido grande sucesso junto do público, vindo a ser adaptados para telenovelas pela televisão brasileira. A sua obra retrata problemáticas diversas, nomeadamente as vivências e sentimentos humanos, problemas sociais, tradições e costumes, tudo envolto numa linguagem humorística e simultaneamente poética. Da sua obra literária constam os seguintes títulos: “ Tieta do Agreste”, “ Gabriela, Cravo e Canela”, “ Teresa Batista Cansada de Guerra”, “ Dona Flor e Seus Dois Maridos”, “Tenda dos Milagres”, “ Seara Vermelha”, “ Os Subterrâneos da Liberdade”,” Capitães da Areia” e “ O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”. Foi distinguido com diversos prémios literários ao longo da sua vida.
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Maria Teresa Corte Real
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