Comentário

Auto da Barca do Inferno

O Auto da Barca do Inferno é uma obra admirável que condena os vícios da sociedade quinhentista, denunciando-os de uma forma engraçada.

Com o intuito de edificar a sociedade, Gil Vicente  apresenta-nos os erros de várias personagens da sua época.  A “ Cena do Parvo”  foi a que nos chamou mais a atenção devido à presença do cómico de linguagem, de carácter e de situação. Efetivamente, com a sua personalidade desajustada e o seu discurso incoerente, o Parvo conseguiu calar o Diabo e vencê-lo argumentativamente.  Apesar de sabermos que Gil Vicente escrevia para agradar à corte e ao rei,  e entendermos a sua intenção  ao escrever a “Cena dos Quatro Cavaleiros”, não consideramos que os Cavaleiros merecessem ir para o Paraíso, já que matar por uma “Grandeza Maior” não justifica  que sejam inocentados. De resto, e de acordo com os pecados cometidos em vida pelas personagens, concordamos com todos os outros julgamentos.

Em suma, apesar de não acharmos pertinente  o desenlace da última cena, entendemo-lo face à  mentalidade da época   e consideramos a leitura do Auto da Barca do Inferno  bastante  enriquecedora e divertida.

Sara Teixeira, Joana Patarra, Margarida Cavaco, Filipa

 9.º B