Cronista por um dia

Leitura -  uma arte que não se entende


Estava eu a prepara-me para sair de casa e ir ao parque passear e relaxar depois de um longo e cansativo dia de aulas. Pensava eu que seria só mais um dia normal na minha vida mas, sentado num banco, vi uma pessoa a ler um livro, um senhor completamente cativado pelo seu conteúdo. Vi-o a rir nas partes mais cómicas, lágrimas a correr nas mais comoventes e a raiva na injustiça.

A mim, pareceu-me um livro interessante por isso esperei até ele o acabar e dirigi-me a ele:

- O livro parece interessante. Importa-se? – perguntei eu a apontar para o livro.

- Claro que não. Esteja à vontade. – disse ele entregando-me o livro.

Sentei-me no mesmo sítio que ele e comecei a lê-lo enquanto o senhor se ia embora. Sofri exatamente os mesmos sintomas que ele. Ri, chorei e enfureci-me. Estava tão absorvido pelo livro que nem reparei que as pessoas se começavam a juntar e a comentar:

- Que triste. A ler?!

- Não deve ter uma vida muito interessante.

Não me deixei afetar muito por esses comentários e risos mas, no meio da multidão, fiquei chocado por ver uma pessoa a rir-se e a gozar comigo: o dono do livro. Acabei de lê-lo, atravessei a multidão, entreguei o livro ao seu dono e agradeci.

- Muito obrigado. Foi uma ótima sugestão.


E fui-me embora.

Jóni Pereira, 9.º A

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